(d)uvidas.


eu, tu. duas almas separadas por vontade de um de nós. dois corpos distantes. duas personalidades distintas. duas personagens de uma mesma história, de uma história comum. duas peças do mesmo puzzle, mas que não encaixam. somos dois, seremos um? teremos um amor desses, que tanto se fala, por todo o lado? teremos um amor dos filmes, ou dos livros? não, esse amor é fictício, eu quero um real. um real, como o descrevem, não fácil, mas que valha a pena. com imensos 'ses', mas nunca com um final, seja ele 'feliz' ou não. não importa o quão difícil é, mas sim quanto bem nos faz, ou quantos dias acordamos felizes apenas por sabermos que estamos com quem amamos. são pequenas coisas, um sorriso bobo que largamos quando o pensamento se ocupa do outro, os sorrisos que largamos juntos, cada vez que os nossos dois corpos distantes se aproximam. tu és realmente mais do que posso pedir, mais do que posso sonhar, mais do que posso ter. mas depois, há a satisfação que me proporcionas, a felicidade que a tua presença me faz sentir, o teu sorriso, oh!, o teu sorriso, provoca-me arrepios, dá-me vontade de chorar, por ser o mais belo com que me deparei. os teus olhos reflectem o que tu és. e o quanto eu adoro quando eles encontram os meus. adoro sentir-te, seja de que forma for. adoro o teu jeito, esse teu jeito que tanto admiro, e que tanto desejo. mas tenho medo. sempre terei. tenho medo de tudo, e penso saber o destino disto. de certa forma, acostumo-me cada vez mais com a realidade de que não farei parte de ti. não tenho como descobrir o rumo disto, mas algumas pistas indicam-me como pode vir a ser. e por isso, tenho medo. muito medo. sinto-me bem perto de ti, e longe de ti não consigo estar. e essa é uma certeza que possuo. o resto? são duvidas. 

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