another mistake.


não, jamais serei indiferente ao teu sorriso, á tua infantil personalidade, ao teu olhar penetrante. há qualquer coisa em ti que desperta em mim uma sensação inexplicável, um desejo enorme. cativaste-me de tal modo, que me mantive 'presa' a ti por imenso tempo. mas esse tempo chegou ao fim. chegou ao fim, e á muito tempo, os momentos em que eu chorava por ti, em que eu esperava por ti, em que eu não me conseguia imaginar sem ti, os momentos em que eu me destruía a mim própria, por tanto te amar. de facto, esse amor consumia-me. esgotava as minhas forças, acabava com o meu coração. basicamente, sentia-me infeliz. nenhum sentimento bom restava em mim. restava a infelicidade, o sofrimento, a dor de não te poder ter comigo. e doía imenso. oh, se doía! doía a tua monstruosa indiferença, a maldade presente em cada palavra tua, em cada ato teu. e eu chorava, chorava.. chorava por ti, e por a ausência de um nós, e por tudo, por tudo o que eu sentia quando ouvia o teu nome, por tudo o que tu fazias, dizias. por mim, eu soube que isto tinha que parar. eu soube que não podia permitir mais isto. especialmente depois do que se tinha sucedido. naquele dia interminável, eu nada fiz senão chorar. e tu, sem qualquer sentimento de arrependimento, culpa, ou pena, fizeste aquilo. tudo piorou. eu não queria nem conseguia viver mais daquela forma. por mais que eu te amasse, não dava mais. eu amei-te, muito, mais do que qualquer pessoa te amou. eu queria-te, eu precisava de ti. pelo menos, pensava eu que assim era. mas não. estava mesmo enganada. és tu que não me mereces. não sou eu que devo precisar de ti, mas sim tu de mim. porque agora, eu sei o bem que te faria, e que não fiz, porque tu decidiste não me deixar fazê-lo. tu escolheste, escolheste viver sem mim, e eu escolhi o mesmo. escolhi até fingir que nem sequer existias. para mim, passas-te da maior das minhas prioridades, a nem sequer uma opção. eras com uma oportunidade perdida, uma perda de tempo imensa. nada valias. nada de mim merecias, e nada de mim eu pensava que tu irias ter. eras tu, e isso nenhum significado tinha para mim. e porquê, agora, tudo voltar? a magia a que associo o teu nome e a tua perfeita imagem (pelo menos, que aos meus olhos assim o é, e provavelmente, sempre o será). provavelmente, apenas me resta aceitar que no meu coração, ocupas um lugar privilegiado, que não pode ser ocupado por outra pessoa que não tu. e assim sempre será, mesmo que não estejas na minha vida, permanecerás no meu coração, como aquele que foi o meu primeiro amor.

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