amar-te


o meu amor por ti foi inqualificável. enigmaticamente, o meu fascínio por ti ia crescendo a cada batida do meu coração. gostava imenso de poder sequer conseguir definir o que senti por ti, mas tal não é possível. o amor é algo que se sente, não que se explica. e o meu amor por ti foi verdadeiro. mas eu não conseguia aguentar mais. eu não consegui mais segurar a corda, ela partiu-se demasiadas vezes e eu não conseguia agarrar cada pedaço. e assim ficou o meu coração, em pedaços. estava demasiado fragmentado. não deu mais. eu tive que aprender a curá-lo, a sarar as cicatrizes. aprender e crescer, foi tudo o que eu fiz. ah, e esquecer! quer dizer, esquecer-te, não. de facto, é comum associar-se o esquecimento ao acto de superar a ausência de alguém, mas tal não é possível de comparar. sim, eu superei a tua ausência. aprendi a viver sem ti, ou sem as nossas coisas. mas esquecer-te? não o fiz. és uma memória permanente que carinhosamente guardo no meu coração. e que irei sempre guardar. quem realmente faz parte de mim, não abandona o meu coração. e tu fazes parte de mim, fazes parte do meu passado. fazes parte do que eu fui. e do que eu sou também. quando tu partiste, parte de mim partiu também. e o que resta, é o que eu sou agora. e restou pouco, tu eras grande parte de mim, mas esse pouco é uma grande pessoa agora. uma pessoa forte, livre, confiante, enfim, uma pessoa nova. e não me arrependo de nada. não me arrependo de me ter tornado numa pessoa fria e um pouco insensível. isso apenas faz com que não seja tão facilmente magoada. e acredita, estou feliz. sem ti, mas sempre contigo no meu coração. e isso não irá mudar, ai irás permanecer, sempre.

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