sinto, pois, ter apenas duas opções. é um 'adeus, sai já da minha vida' ou um 'permanece, não me esqueças, imploro-te'. sinto-me presa entre ambas e ambas me parecem acertadas. realmente, resume-se mesmo a isto? gostaria de pensar que não, mas sim, é apenas isto. foi a isto que chegámos. estamos num ponto certeiro. não é de todo incerto, porque sei bem com o que conto. não conto contigo, ponto final. não conto com a tua presença, com a tua amizade, com o teu contacto, com comunicação entre nós. chegou ao fim, está visto. se é que alguma vez começou. para mim, começou, e foi bem real, para ti, não. nunca foste como eu, e nunca serás. até porque eu vou mudar. sim, vou. vou deixar de esperar mais dos outros, porque estou sempre, sempre errada. nunca dá tudo certo, nunca. eu sei disso, e por isso sinto necessidade de mudar. e vou mudar, não só por o sofrimento que vivi e testemunhei, mas também para que isso não volte a acontecer. custa-me muito, mas não vai ser um até já, vai ser um adeus eterno, permanente. não posso querer-te - ou ter-te - na minha vida, portanto, acabou. acabaram as lágrimas, o sofrimento, as esperanças. acabei eu, e acabámos 'nós'. chegou ao fim tudo isto que trouxeste á minha vida, porque nada foi bom. tudo o que recordo de ti é mau, e sempre assim vai ser. vou deixar de recordar, deixar de permitir que ocupes a minha mente e o meu coração. vou permanentemente dizer adeus, exactamente, a ti. não espero que entendas, mas sei que essa vai ser a tua reacção. até porque foi sempre isto que tu pediste: o meu afastamento, o meu adeus. por isso, aqui está ele. adeus, adeus, adeus. até nunca, honestamente.
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