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não foste um. não foste de todo mais um, ou apenas um, foste o, foste o meu sonho, foste aquele por o qual lutei até ao fim, foi por ti que eu baixei todas as defesas, foste tu quem eu mais amei. não, tu não entendes! não te amei de igual forma face aos outros, não foste uma opção, foste uma prioridade, amei-te de tal forma que agora consome-me ver ao ponto a que chegámos, a dor de não te ter comigo é incomparável, e o pior disto tudo? é nada ter sido real. é não ter tudo passado de uma estúpida ideia minha. e o que custa mais é ainda ver como estás perfeitamente bem sem mim, enquanto que eu vou continuando a destruir-me por dentro, aos poucos e poucos. sabes? não deveria ter cedido o controlo sobre o meu coração a alguém assim.  eu não tinha certezas de nada. foi um grande erro meu. mas eu amava-te com uma intensidade inexplicável, eu quase ceguei. a ideia que eu tinha era de que o possível 'nós' era perfeito. e eu queria-o. desejava-o de tal forma, que pensei ser ele real. não, ele não era real, claro! era de tal forma irreal que me desiludi com tamanha ilusão. ilusão essa que assombra os meus dias. os meus dias são cinzentos, carregados de lágrimas e sofrimentos. já não sei demonstrar o significado de bem-estar, já não sei o que é aquele estado puro de felicidade, já não sei sorrir genuinamente. não sei, se volto a ser como era. não sei se terei capacidade para amar alguém como te amei a ti. sim, tu eras perfeito para mim. e tu não me deste oportunidade de te mostrar o quanto eu era perfeita para ti. o pior é isso, o teu coração esteve todo este tempo ocupado, e eu não o sabia. e quantas vezes tentei ocupá-lo? demasiadas. tantas elas, não deveria ter tentado. não deveria, porque no que resultou? resultou no estado em que me encontro. nem consigo descrevê-lo, de tão mau que penso que ele seja. uma coisa é certo: não irei ser estúpida novamente, não assim desta forma.

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